A importância de pensar soluções em coletivo

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Semana passada falamos sobre ESG na Prática por aqui e hoje inevitavelmente repetiremos essa sigla algumas vezes, já que o tema dessa semana perpassa diversos pontos de impacto de políticas ESG: A importância de pensar soluções em coletivo.

Quando pensamos nos nossos 3 pilares de ação (Promoção à saúde, Justiça Climática e Reparação Histórica) fica evidente o quão indispensável será ouvir todas as partes envolvidas para criarmos as soluções que de fato irão impactar a sociedade da forma que planejamos. Um dos maiores desafios de todas as organizações que pretendem criar comunidades verdadeiramente diversas e inclusivas é começar este movimento dentro da própria organização. É fácil ver que os projetos de diversidade e inclusão começam por meio de pessoas que são parte de grupos sub-representados nestes espaços que, além de carregarem o peso do ambiente, também carregam o peso de iniciar as conversas difíceis sobre a real necessidade da diversidade.

Então, para criarmos um ecossistema de Cannabis no Brasil que seja realmente um mercado inovador que tenha impacto na sociedade, precisamos assegurar que os coletivos que pensam e criam as soluções e regulamentações sejam realmente diversos, criando empresas, organizações e espaços verdadeiramente inclusivos para a discussão do tema.

Segundo a pesquisa Getting to Equal 2019: Creating a Culture That Drives Innovation, realizada pela Accenture, as organizações precisam investir em diversidade e inclusão para se tornarem mais inovadoras. Nela, é apontado que empresas que investem em diversidade e inclusão estabelecem uma cultura de inovação. Algumas descobertas desse estudo foram, por exemplo: 

  • A cultura de inovação é maior em empresas mais igualitárias;
  • Colaboradores de empresas mais inclusivas não veem barreiras para inovar;
  • Colaboradores de empresas mais igualitárias têm menos medo de errar;
  • Diversidade e inclusão são mais relevantes para gerar inovação do que aumentos de salário.
  • O lucro chega a ser 20% maior em empresas com culturas mais inclusivas.

 

Para compreender o impacto da diversidade e inclusão na cultura de inovação, a Accenture ouviu mais de 18 mil profissionais de 27 países, atuando em empresas de diversos tamanhos e segmentos, relacionando suas respostas ao grau de diversidade das organizações nas quais trabalham.

Este indicador de diversidade é obtido a partir de uma avaliação de três aspectos principais:

  • Engajamento da liderança (a diretoria está engajada e tem ações práticas para tornar a empresa diversificada, inclusiva e igualitária?);
  • Ação clara (a empresa possui políticas de suporte a todos gêneros e é livre de vieses na atração e retenção de colaboradores?);
  • Ambiente empoderador (a empresa confia em seus colaboradores e proporciona um ambiente de trabalho flexível?).

 

Com essas informações, os profissionais foram questionados a respeito dos seis pilares que constituem uma cultura de inovação. E os resultados deixam evidente: o potencial de inovação de uma empresa está diretamente relacionado ao quão diversa e inclusiva é a organização. Veja alguns deles:

Em comparação a empresas com baixo grau de diversidade, as empresas mais diversificadas têm uma cultura de inovação 600% maior. E, mesmo se comparadas a empresas com grau médio de diversidade, a cultura de inovação é duas vezes maior nas companhias mais inclusivas. E não é segredo para ninguém que inovar implica em assumir riscos. Quando perguntados se têm medo de errar na busca por inovação, os colaboradores dão respostas bem diferentes de acordo com o grau de diversidade de suas organizações:

  • Empresas altamente inclusivas: 85% não tem medo de errar;
  • Empresas de inclusão mediana: 56% não tem medo de errar;
  • Empresas pouco inclusivas: 36% não tem medo de errar.

 

Quando questionados a respeito das barreiras para inovação dentro de suas organizações, os resultados obtidos foram:

  • Empresas altamente inclusivas: 40% respondeu “nada me impede de inovar”;
  • Empresas de inclusão mediana: 21% respondeu “nada me impede de inovar”;
  • Empresas pouco inclusivas: 7%  respondeu “nada me impede de inovar”.

 

A pesquisa também identificou que a inovação é mais impactada por questões relacionadas à cultura, diversidade e inclusão do que por aumentos salariais. O impacto de fatores culturais foi estimado em 10,6%, enquanto a média salarial impactou em apenas 0,25%.

No 2º episódio do RH sem filtros, podcast da Gupy, Patrícia Santos, CEO da EmpregueAfro, traz dados sobre a diversidade no mercado de trabalho brasileiro e a importância da inclusão. É muito legal e OBRIGATÓRIO para quem quer ter sucesso sustentável no mercado da Cannabis. Ouça na íntegra aqui.

Reforçando nossa missão de discutir novos arranjos de cooperação entre pessoas diferentes rumo a um futuro de cooperação conjunta onde ninguém seja descartado ou descartável, te convidamos a conhecer o evento onde propomos criar este espaço diverso de debate para assegurar que a indústria da Cannabis seja sustentável em todos os sentidos, o Cannabis Thinking, que em 2021 levou mais de 300 pessoas para o Civi-co, pólo de impacto social localizado na cidade de São Paulo. Foram mais de 60 speakers, divididos em dois palcos: Revolução 5.0 e Health & Science. O evento abordou vários assuntos relacionados à Cannabis, desde legislação brasileira, sustentabilidade, empreendedorismo e tecnologia, além de inclusão social. Confira um apanhado de matérias sobre o evento no Sechat clicando aqui.

Até o próximo texto do Blog da TGH!

Com informações de Exame e Gupy

 

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