Saúde no Brasil: o impacto da cannabis em esferas públicas

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O potencial da cannabis em beneficiar inúmeras enfermidades e seus sintomas não é mais uma novidade, dada a quantidade de estudos e casos que comprovam a ação da planta no corpo humano. No entanto, a falta de informação ainda é um grande obstáculo para que mais pessoas possam encontrar melhores qualidades de vida por meio desta fitoterapia. 

Em 2018, 911 médicos prescreveram cannabis e 6 mil pacientes foram legalmente autorizados a terem acesso ao uso medicinal da planta. Desde 2014, aproximadamente 60 milhões de reais foram gastos com a importação de substâncias terapêuticas com cannabis para o Brasil. Estes dados demonstram um pouco da significância que a cannabis está tomando na vida de pacientes de diversas patologias.

Dentre as pessoas que podem se beneficiar da planta estão, pelo menos, 600.000 crianças que sofrem de epilepsia e são refratárias a terapias tradicionais. Se incluir os portadores de esquizofrenia e artrite, o número pode subir para 3,4 milhões. Por estes e outros números, o acesso à cannabis vai além do benefício pessoal do paciente e entra na esfera da saúde pública.

Nos últimos anos, tivemos fatos inéditos acontecendo na história brasileira, como a permissão da prescrição de medicamentos registrados na Anvisa que contenham em sua composição a cannabis, incluindo o THC. Atualmente, o maior obstáculo no Brasil é a ampliação da regulação sobre o uso e cultivo da cannabis para fins medicinais, já que o acesso ao produto é extremamente restrito a uma parcela pequena da sociedade.

Outro ponto que deve ser considerado é a arrecadação de impostos sobre o produto. Nos EUA, por exemplo, em estados onde a comercialização da cannabis foi legalizada, arrecadam-se milhões de dólares em cima da venda da planta, dinheiro que é investindo em setores como: saúde, educação, segurança etc. Segundo valor divulgado pela Consultoria legislativa da Câmara dos Deputados, se a cannabis fosse legalizada no Brasil, o mercado movimentaria até 6 bilhões de reais por ano.

A discussão deste mercado em potencial precisa amadurecer. Existem muitos cenários para serem analisados e ainda encontram-se poucas respostas. Nenhuma decisão deve ser considerada como a panaceia, mas o diálogo acerca destes temas traz, em si, visibilidade para diversas questões sociais: a liberdade individual, o encarceramento em massa, a mortalidade dos jovens negros, a insustentabilidade do modelo proibicionista, saúde e segurança pública.

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