A capacidade brasileira em impulsionar os avanços econômicos e sociais através do cultivo da cannabis é validada em diversos pontos. Entre eles, o enorme potencial agrícola e as condições climáticas favoráveis para o cultivo podem tornar o país um grande exportador de cânhamo, uma das variedades da cannabis sativa.
O que impede o brasileiro de cultivar cânhamo?
O impedimento, no entanto, é apenas um: a legislação. No momento, o debate gira em torno de uma oportunidade que é desperdiçada pela falta de uma nova legislação, uma regulamentação que separe a espécie de cannabis que possui efeitos psicoativos, daquela com baixo teor de THC, que não interessa ao uso adulto e poderia oportunizar progressos em diversas áreas da economia.
“O cânhamo representa novos horizontes para muitos setores da economia. As oportunidades são imensas, mas o Brasil somente conseguirá prosperar a partir desta vertente se estabelecer uma cultura industrial que possa crescer livremente. O enorme potencial agrícola e as condições climáticas favoráveis para o cultivo podem tornar o país um grande exportador da planta.”
Trecho retirado de artigo escrito por Marcelo Grecco, fundador e diretor de negócios da The Green Hub, publicado na revista Página22
A discussão acerca da reforma na legislação não deve ser baseada em uma história de preconceitos que foi atribuída e construída em cima da planta. A ciência já descortinou uma grande variedade de plantas de cannabis e as substâncias que as compõem. Desta forma, existe a informação de que o cânhamo não possui um índice significativo de THC – a quantidade de THC no cânhamo é inferior a 0,3% -, o canabinoide responsável pelos efeitos psicoativos que geralmente são associados ao uso adulto.
O que mudaria se o Brasil cultivasse cânhamo?
A legalização do cultivo representaria construir um futuro de possibilidades e prosperidade, com avanços na área da saúde, desenvolvimento social e econômico a partir da exploração do cânhamo no Brasil. Em artigo publicado, Marcelo Grecco reforça sua opinião sobre a importância da legalização deste novo mercado no Brasil:
“Entendemos que, com produção local e controlada, laboratórios farmacêuticos terão disponíveis produtos melhores e mais baratos, resultando em medicamentos acessíveis a boa parcela da população. Pouco adianta a liberação da Anvisa de produtos à base de Cannabis nas nossas farmácias, com recomendação e receita médica, se os insumos e o produto final são importados. Com o dólar no patamar atual, o que acabamos vendo são medicamentos em torno de R$ 2 mil nas prateleiras. Isso, certamente, possibilita o acesso a poucos, bem poucos, brasileiros.”
Para entender melhor sobre a necessidade do país em legalizar o cultivo do cânhamo e como isso afetaria diretamente em um avanço para nossa sociedade, acesse os artigos escritos por Marcelo Grecco: